sexta-feira, 29 de junho de 2012

Reciclagem

 O Lixo nosso de cada dia

O lixo brasileiro é considerado um dos mais ricos do mundo e sua reciclagem é fortemente sustentada pela catação informal
O planeta atingiu este ano a marca de seis bilhões de pessoas. E esse enorme contingente humano terá que procurar sobrevivência em um mundo em que a deterioração do meio ambiente é um fato presente e uma realidade dolorosa. A degradação da condição humana é constatada, sobretudo, nas grandes cidades.
Estará o homem do terceiro milênio, da era da modernidade, preparado para o desafio de resolver os desequilíbrios ambientais e assegurar uma qualidade mínima de vida? Estará ele capacitado para realizar tarefas aparentemente simples como a de dar destinação adequada ao lixo produzido por todos os cantos do mundo?
A administração do lixo já é hoje uma das grandes preocupações na organização urbana. As instituições e entidades ambientalistas têm divulgado números astronômicos sobre o assunto. De acordo com os dados mais freqüentemente utilizados, só nos Estados Unidos, cada pessoa gera dois quilos de lixo por dia, alcançando um total anual de 190 trilhões de qui-los. No Brasil, cada pessoa gera, em média, um quilo de lixo por dia Por ano, são produzidos 55 trilhões de quilos.
O lixo brasileiro é tido como um dos mais ricos do mundo. Mas, para Heliana Katia Campos, secretária-executiva do Fórum Nacional Lixo e Cidadania, da Unicef não está sendo dada a devida importância às questões relativas ao saneamento ambiental, em especial à coleta e destinação adequada dos resíduos. Ela alerta para o fato de que o descarte aleatório dos resíduos em nascentes, córregos, margens de rios e estradas, além de provocar problemas ambientais graves e poluir as águas, que muitas vezes são captadas para consumo, atrai para estes locais um exército de desempregados e famintos, que sobrevivem à custa da cata de resíduos para a sua alimentação e para comercialização. Katia ressalta ainda que o problema da catação de lixo por seres humanos é "regra geral", de norte a sul do país, tanto em cidades de pequeno porte como nas grandes capitais. "É uma situação constrangedora e inaceitável, fruto da miséria, do desemprego e da busca desesperada pela sobrevivência".
O programa da Unicef preconiza a necessidade de uma intervenção social voltada ao resgate da cidadania dos trabalhadores que vivem em condições de absoluta pobreza, "sobrevivendo das sobras e dos desperdícios dos mais afortunados". Como alternativa à catação nos lixões, o Lixo e Cidadania procura incentivar a coleta seletiva, com a participação das famílias dos catadores, propiciando a geração de postos de trabalho e renda para as mesmas.
Reciclagem
A reciclagem no Brasil é fortemente sustentada pelos garimpeiros do lixo (catação informal). Os programas criados pelo poder púbico, muitas vezes em parecia com os catadores, também têm se difundido. Entre os principais méritos da reciclagem estão o de reduzir o volume de lixo de difícil degradação, o de contribuir para a economia de recursos naturais, ode prolongar a vida útil dos aterros sanitários, o de diminuir a poluição do solo, da água e do ar e o de evitar o desperdício, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Trata-se de um processo de transformação de materiais para reaproveitamento na indústria e na agricultura.
São basicamente dois os modelos de programas de reciclagem implantados em municípios brasileiros: coleta seletiva de lixo e usinas de reciclagem. Há muitos exemplos de cidades em que a reciclagem já atingiu um estágio avançado, com resultados importantes. Curitiba (PR), com o programa "Lixo que não é lixo", implantado há 10 anos, representa com louvor essas experiências bem sucedidas. Mas, de acordo com o levantamento da Unicef sobre a destinação final do lixo no Brasil, constata-se uma precária situação na maioria dos municípios: 88% deles não possuem conselho de meio ambiente, tido como principal instrumento de controle dos problemas ambientais. Apenas 34% das cidades têm um órgão ambiental especifico, em 25% são outras instâncias que respondem pela área ambiental e em 41% não há qualquer órgão responsável pela gestão ambiental.

Reciclagem

Os números da reciclagem no Brasil

Apenas 18% dos municípios brasileiros possuem coleta seletiva. O que o Brasil ganha e perde com isso


O país perde cerca de R$ 8 bilhões por ano por deixar de reciclar os resíduos que poderiam ter outro fim, mas que são encaminhados aos aterros e lixões das cidades. Este foi o valor estimado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) por encomenda do Ministério do Meio Ambiente. Ainda assim, o volume do lixo urbano reciclado aumentou nos últimos anos. Segundo o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), passou de 5 milhões de toneladas em 2003 para 7,1 milhões de toneladas em 2008, o que corresponde a 13% dos resíduos gerados nas cidades. Se considerada apenas a fração seca (plástico, vidro, metais, papel e borracha), o índice de reciclagem subiu de 17% em 2004 para 25% em 2008. O retorno financeiro é visível: o setor já movimenta R$ 12 bilhões por ano.
Entre 2000 e 2008, houve um aumento de 120% no número de municípios com coleta seletiva, chegando a 994. A maioria está localizada nas regiões Sul e Sudeste do país. O número, embora importante, ainda não ultrapassa 18% dos municípios brasileiros. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Reciclagem

Sacolas plásticas nos anéis de Saturno?

É uma pena, mas não dá para acreditar nas explicações românticas dos escritores

por Matthew ShirtsFonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL ONLINE
O escritor Antônio Prata já me perguntou, provavelmente em uma mesa de bar, para onde vão as canetas Bic e os isqueiros que somem da nossa vista. Para mim a sensação é incômoda. Compro com regularidade canetas e isqueiros, mas elas não se acumulam, nem se gastam. Desaparecem antes, bem antes, de acabar sua tinta ou seu gás. Qual seria seu destino? Será que estão todos juntos? Formaram uma civilização? Ela tem líderes?
Antônio, que é meu amigo, sofre como eu com a falta de resposta para esta pergunta. Existiria uma dimensão da realidade fora do nosso campo de visão repleta de canetas bic em todas as cores e isqueiros? Há uma gigantesca organização criminosa que se dedica a roubar esses itens descartáveis e revende-las? Porque para o lixo não vão, disso nós sabemos. Já procuramos no lixo. Muitas vezes.
Literato, Antônio encontrou uma resposta na obra do escritor argentino, Jorge Luiz Borges. Este já havia descoberto o paradeiro dos guarda-chuvas desencaminhados há décadas. Todos esses itens fugitivos, concluiu Antônio, vão para os anéis de Saturno. Começou com os guarda-chuvas e continuou a peregrinação com os itens descartáveis mais recentes.
Adoro esta explicação. É bonita. Mas hoje desconfio que valha apenas para os velhos e bons guarda-chuvas do escritor argentino. Descobrimos o paradeiro das canetas e isqueiros. Na verdade, eles não vão para os anéis de Saturno. Seu destino é mais prosaico. Acabam indo é para os mares, os rios e os oceanos.
É triste esta constatação, mas é verdadeira. Tudo que não vai para os aterros sanitários ou para a reciclagem, tudo que não é encaminhado corretamente para o lixo, acaba no mar. Ou quase. Os itens feitos de plástico, como as canetas Bic, os canudos e os isqueiros, duram décadas, séculos talvez, ninguém sabe quanto ao certo. São comidos por peixes e aves e tartarugas. Entram na cadeia alimentar do homem, também.
As chuvas levam o lixo não recolhido para os rios, e esses desaguam nos oceanos, como se sabe. O resultado é uma poluição aquática medonha. Há uma gigantesca mancha de plástico no Pacífico --duas vezes o tamanho do estado do Texas nos Estados Unidos. Pior: não tem, pelo menos com a tecnologia de hoje, como limpá-la. Quem já viu as fotos submarinas sabe: é dantesco. Talvez o inferno seja ali mesmo em meio a bilhões de sacolas, tampas de privadas, canudos e copos.
No oceano Atlântico ainda não se descobriu nada parecida. Mas nossa repórter, Liana John, foi de veleiro até o meio do Atlântico com um grupo de pesquisadores para verificar in loco. Buscou a convergência das correntes. São elas que juntam o lixo no Pacífico. Não descobriram nenhuma grande mancha, mas mesmo a 1000 quilômetros da terra mais próxima encontraram pedaços de plástico. Ou seja, no meio do oceano. Especula-se que, hoje, não há nenhuma áreazinha do oceano em que esse produto, tão útil e tão “barato”, ainda não tenha chegado. Existe uma praia no Havaí em que 90% dos grãos de areia são feitos de plástico.
É por isso que é tão importante reduzir com determinação o uso desse material. A maneira mais eficiente e fácil de fazê-lo é diminuir o consumo de saquinhos plásticos, como os que são distribuídos nos supermercados. O mundo consome de 500 bilhões a um trilhão de saquinhos plásticos por ano, ou seja, no mínimo, no mínimo, um milhão... por minuto. Há controvérsias, mas os estudos dizem que de 0,5% (uma em 200) a 3,0% (6 em 200) acabam no mar, onde são consumidos por animais, sobretudo tartarugas, meio cegas, que os confundem com águas vivas.
De qualquer forma, se continuarmos neste nível de consumo, vamos estrangular os oceanos com poluição plástica. Não há dúvida. É um problema tão grave quanto o aquecimento global, ou quase. Sem oceanos não haverá vida na Terra. E, ao que tudo indica, é bem mais fácil reduzir o consumo de plástico a baixar as emissões de gases de efeito estufa a níveis adequados. Entre todas as frentes da batalha ambiental, esta é a mais fácil. Foi isto que me incentivou a adotar sacolas de pano ao começar a me aprofundar no ambientalismo há cinco ou seis anos. Se não conseguimos sequer viver sem sacolas plásticas então nada será possível foi meu raciocínio na época. Continuo a acreditar nisso. Hoje prefiro fazer supermercado com mochilas e sacolas de pano. Carrego-as no carro. Tenho no trabalho. Na pasta. Na cozinha da minha casa. São mais luxuosas e divertidas de se carregar do que as sacolas vagabundas de plástico. Mais fáceis também. É como ir à feira.
Ao sair do supermercado, sem sacolas plásticas, em uma noite estrelada às vezes olho pra cima, tentando achar os anéis de Saturno. Imagino que o povo de lá um dia vai nos agradecer. Nossos tartarugas e peixes e praias, também.

O Lixo Urbano

Tratamento de lixo urbano - uma questão grave e urgente


Entre muitas questões importantes a respeito da preservação do nosso Meio Ambiente, existe uma que desafia a nossa responsabilidade. É a questão do lixo que produzimos diariamente aos milhares de toneladas. Esse é um fenômeno bastante comentado na sociedade e que gerou até agora muitas iniciativas, projetos e até programas para minimizar as suas consequencias. Tudo isso é louvável, mas radicalmente insuficiente e insignificante, levando em conta que não atinge nem 10% de todo o lixo produzido, e por isso mesmo os outros 90% vão para aterros, causando graves danos ao Meio Ambiente. Contentar-se com o sucesso de reciclar 10% de lixo é, no mínimo, uma brincadeira. Torna-se urgente, portanto, enfrentar essa questão, ou então continuar a fingir que fazemos a nossa parte, tapando o sol com a peneira. Infelizmente, até agora, as autoridades e, também, nós todos estamos com esta última opção.
Por que não optar por ‘tolerância zero’ em relação à poluição do Meio Ambiente pelo lixo urbano? Não é utopia nem tampouco um sonho. Dependendo da vontade política dos órgãos responsáveis pelas cidades, poderia optar-se pelo programa radical e integral de reciclagem e tratamento de todo o lixo produzido em cada cidade. O objetivo seria inverter a situação, destinando à incineração e ao aterro posterior, no máximo 10% de lixo, quando for realmente impossível o seu reaproveitamento. Ao invés de repassar para cada cidadão e cidadã a culpa e a responsabilidade pelo desastre ecológico produzido pela nossa civilização, fazendo de conta que está cumprindo o seu papel, que tal o Estado, através das prefeituras de todas as nossas cidades, tomar uma decisão radical e transformar todo o lixo em matéria prima, que voltaria a servir para a produção de novos bens e até se tornaria uma fonte de renda e lucro para essas cidades?
A proposta radical, à qual estou me referindo, envolve primeiramente um projeto corajoso e completo que contempla a possibilidade de coleta de todo o lixo produzido numa cidade (essa etapa já existe), para ser encaminhado para uma usina de lixo. Compreendo por usina de lixo um complexo de áreas e instalações, para onde seria levado todo o lixo da cidade, passando primeiramente por uma seleção geral, depois mais detalhada (pelas esteiras) e, em seguida, encaminhado para diversos setores, de acordo com a natureza dele.
A seleção de lixo consistiria em separação de todos os diferentes tipos de material descartado, citando aqui os mais comuns:
- madeira (para fins de artesanato, fábricas de derivados de madeira, etc);
- papel (matéria prima para celulose);
- plástico (matéria prima para indústria de plásticos);
- borracha/ pneu (para trituração e uso industrial);
- isopor ; - metal (para siderúrgica);
- alumínio (para indústria);
- vidro (matéria prima para indústria de vidro);
- componentes eletro/eletrônicos (seleção e tratamento específico);
- material e entulhos provindos de construção civil;
- pilhas e baterias usadas (tratamento específico);
- óleo usado de cozinha (matéria prima para produzir biocombustível);
- toda matéria orgânica (adubo);
- lixo hospitalar (destinado à incineração).
Para cada uma dessas categorias de material destinado à reciclagem, já existe, às vezes pouco divulgada, uma possibilidade de encaminhá-lo para as empresas específicas. Grande parte do lixo urbano, desse jeito, retornaria às fábricas, em forma de matéria prima.
Ocorre a necessidade e a possibilidade de estabelecer parcerias e contratos entre a cidade e diversas fábricas e indústrias, possíveis receptoras de matérias primas extraídas do lixo.
A matéria orgânica, poderia ser transformada em adubos naturais, comercializados.
Alguns tipos de materiais que fazem parte do lixo urbano, Poe exemplo, componentes eletro/eletrônicos, entulhos de construção civil, isopor, espuma, panos, podem encontrar ainda outras maneiras de reciclagem, contando com a parceria de Centros de Pesquisa das Universidades.
Uma pequena parte do lixo urbano, que não serviria para ser reciclada, poderia ser incinerada, e apenas ela (cerca de 10% do total) destinada ao aterro em forma de cinzas. Para esses fins, seriam instalados incineradores, com filtros eficientes, para proteger o Meio Ambiente da emissão de gases poluentes.
O tratamento integral de lixo urbano, quando desenvolvido e implantado com responsabilidade política e social, poderá empregar vários especialistas, capacitados para garantir o sucesso do empreendimento. Mas não é só isso. Constituiria também um impulso concreto e constante para o desenvolvimento econômico das cidades, diminuindo o impacto da agressão ao Meio Ambiente.
Ademais, seria uma possibilidade de gerar dezenas de empregos, com remuneração digna para a população pobre de rua, ajudando na solução desse outro problema gravíssimo das nossas cidades. Um emprego estável e definido, com a carteira assinada, garantindo condições seguras de trabalho (uniforme, botas, luvas, etc.) – proporcionaria uma vida decente a essa camada da população. A preferência seria dada a todas essas pessoas que hoje vivem da coleta de lixo seletivo e aos moradores de rua. Isso implicaria em planejamento e ação continuada, envolvendo o Serviço Social das prefeituras. Trabalharia-se amplamente e com grande competência o problema de lixo urbano. Mesmo que fosse todo esse empreendimento só para custear o destino aproveitável do lixo, a proteção do Meio Ambiente e a solução para esses alguns graves problemas sociais das cidades, seria válido apostar numa solução como esta, aparentemente radical, mas viável e possível.
Têm-se notícias de que já existem pelo mundo algumas iniciativas similares, transformando o lixo em ‘lucro’ para aquelas cidades que adotaram esse tipo de tratamento. Mesmo se esta fosse uma iniciativa inédita valeria a pena optar por ela, sabendo que é um investimento importantíssimo para a melhoria da nossa vida e uma obrigação moral e vital para com o nosso Meio Ambiente, que já agora podemos preservar para as futuras gerações. Tratamento de lixo urbano, sim, é uma questão grave e urgente, e deve ter uma saída concreta: apostar na solução radical!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quase 100 espécies de pássaros correm risco de extinção na Amazônia

Os dados fazem parte da atualização da lista vermelha de espécies ameaçadas na IUCN

Pássaro chororó-do-rio-branco (Cercomacra carbonaria)

O desflorestamento na Amazônia colocou quase 100 espécies de pássaros em risco maior de extinção, segundo a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN). Os dados fazem parte da atualização da lista vermelha de espécies ameaçadas na IUCN e são compilados a cada quatro anos pelo grupo de conservação BirdLife International.
Entre as espécies em risco na Amazônia está o chororó-do-rio-branco (Cercomacra carbonaria), que foi listado como “próximo da ameaça”. De acordo com o BirdLife, a espécie ocupa áreas muito pequenas do Brasil e Guiana. A construção de novas estradas em seus habitats serve à economia de gado e soja. De acordo com projeções atuais, estes habitats terão desaparecido completamente em 20 anos.
O BirdLife também rebaixou o joão-de-barba-grisalha (Synallaxis kollari), da mesma região de Rio Branco, de “ameaçado” para “criticamente ameaçado.” A organização afirma que o pássaro tem apenas 206 quilômetros quadrados de habitat adequado e eles podem encolher 83,5% nos próximos 11 anos.
O Birdlife culpa o enfraquecimento do Código Florestal pela taxa de desflorestamento no país. Leon Bennun, diretor de ciência, política e informação do BirdLife, advertiu: “Nós tínhamos anteriormente subestimado o risco de extinção de muitas espécies na região. A situação pode estar mesmo pior que muitos estudos recentes previram”.
A lista vermelha atualizada cobre mais de 10.000 espécies de pássaros no mundo, 197 dos quais aparecem como “criticamente ameaçadas”. Além disso, 389 aparecem como ameaçadas, 727 como vulneráveis e 800 como “quase ameaçadas”.
Apenas duas espécies da lista melhoraram sua condição na atualização. Uma delas, a de um dos pássaros mais raros do mundo, o Pomarea dimidiata, foi melhorada de “ameaçada” para “vulnerável”. Endêmica nas ilhas Cook, no Pacífico Sul, ela tinha apenas de 35 a 50 indivíduos em 1983. Esforços de conservação, incluindo um programa de criação em cativeiro e a remoção de predadores, aumentaram a população para cerca de 380 indivíduos, informa a Mother Jones.


Não permita que as futuras gerações conheçam a beleza de um pássaro apenas através de um quadro na parede.




Impactos Ambientais na Caatinga

        A Caatinga, também conhecida como Sertão Nordestino, manifesta-se na maior parte do nordeste brasileiro, que apresenta clima semi-árido, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. Em tupi-guarani significa “mata branca”, devido ao aspecto de sua vegetação em época de seca, em que as plantas perdem as folhas e os galhos ficam acinzentados.
        Apesar de toda a aridez, a região é rica em biodiversidade animal e vegetal, pois abriga 1/3 de espécies endêmicas exclusivamente brasileiras, ou seja, elas só existem na Caatinga. De forma geral, a vegetação é formada por arbustos, árvores baixas, retorcidas e cheias de espinhos ou cactos, todos adaptados ao clima quente e seco.
        A ocupação humana da Caatinga é um problema muito sério, pois a seca faz parte e é característica da paisagem e o homem, após séculos de ocupação, pouco entende sobre como se desenvolve e é frágil esse bioma, aspectos que tornam a vida nele ainda mais difícil.
        Seus principais impactos ambientais são a formação de grandes latifúndios para a criação de gado, desmatamentos para formar pastagens e implantar indústrias, exploração irregular de recursos hídricos, de combustíveis fósseis e projetos de irrigação e drenagem executados sem critério, que provocam a salinização do solo ou o assoreamento dos açudes. Além disso, devido ao desmatamento, muitas áreas atingiram um nível de desertificação irreversível que tende a se expandir gradativamente para áreas vizinhas.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sugestão dos meus alunos do 1 ano da COOPEC - Central

Curiosidades
Porque soluçamos?
O soluço é resultado de uma contração involuntária do diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdômen e que, juntamente com os músculos intercostais externos, é responsável pelo controle da respiração. Seus movimentos de contração e relaxamento permitem que inspiremos e expiremos o ar e são controlados pelo nervo frênico, situado logo acima do estômago. Os incômodos do soluço  surgem a partir de uma irritação do nervo frênico, cujas causas podem ser diversas (distensão gástrica pela ingestão de bebidas com gás, deglutição de ar ou alimentação em grande volume; mudanças súbitas da temperatura de alimentos ingeridos; modificações da temperatura corporal, como sauna seguida de ducha gelada; ingestão de bebidas alcoólicas; ou até mesmo gargalhadas). Quando ele fica ou sensibilizado, envia uma mensagem para o diafragma se contrair, o que dispara o soluço.
O característico barulhinho "hic, hic" surge quando ocorre fechamento súbito da glote (abertura superior da laringe, onde se localizam as cordas vocais), produzindo vibração nas cordas vocais.

Susto pode curar o soluço? Por quê?
Pode sim. Quando levamos um susto, provocamos uma forte inspiração, levando a um aumento do volume de ar nos pulmões. Os pulmões pressionam o diafragma, fazendo com que ele se estique e volte a funcionar normalmente. Mas existem maneiras menos drásticas que também funcionam: tomar um copo d'água com nariz tampado ou inspirar e segurar o ar por alguns instantes.

Como acontece o reflexo da tosse?
Os brônquios e a traquéia são tão sensíveis a um toque leve, que quantidades mínimas de material estranho ou substâncias que causam irritação iniciam o reflexo da tosse. Impulsos nervosos aferentes passam das vias respiratórias (principalmente pelo nervo vago) ao bulbo (medula oblonga), onde uma seqüência automática de eventos é disparada por circuitos neuronais locais, causando os seguintes efeitos:
- inspiração de até 2,5 litros de ar;
- fechamento da epiglote e das cordas vocais para aprisionar o ar no interior dos pulmões;
- contração forte dos músculos abdominais e dos músculos intercostais internos, empurrando o diafragma e provocando aumento rápido de pressão nos pulmões (de 100 mmHg ou mais);
- abertura súbita das cordas vocais e da epiglote e liberação do ar dos pulmões sob alta pressão.
Desta forma, o ar que é expelido de forma explosiva dos pulmões para o exterior se move tão rapidamente que carrega consigo qualquer material estranho que esteja presente nos brônquios e na traquéia.

Como acontece o reflexo do espirro?
O reflexo do espirro é muito parecido com o reflexo da tosse, exceto pelo fato de se aplicar às vias nasais, ao invés das vias respiratórias inferiores: o estímulo que inicia o reflexo do espirro é a irritação das vias nasais. Impulsos aferentes passam do quinto par de nervo craniano ao bulbo, onde o reflexo é disparado. Uma série de reações semelhantes às do reflexo da tosse acontece, grandes quantidades de ar passam rapidamente pelo nariz, ajudando, assim, a limpar as vias nasais.
Você sabia que:
- o ar que sai das narinas durante o espirro atinge em média 150 Km/hora?
- ao espirrarmos espalhamos aproximadamente 40 mil gotículas de saliva?
Pois é, por isto o espirro é uma excelente fonte de transmissão de doenças respiratórias.


Porque é impossível espirrar de olhos abertos?

Esclarecendo o mito: não é porque os olhos podem sair da órbita que os fechamos ao espirrar!
Quando uma partícula estranha entra no corpo pelas vias nasais, estimula os receptores locais que, por meio do nervo trigêmeo (que coordena os movimentos da face), avisam o tronco encefálico que é hora de entrar em ação.
Ao receber a mensagem, o tronco encefálico reage imediatamente à invasão, gerando uma série de impulso motores que contraem o abdômen, o tórax e o diafragma, até chegar ao nervo facial.
Os reflexos que chegam ao nervo facial também desencadeiam movimentos para expulsar a partícula estranha. Essas contrações atingem diversos músculos da face, incluindo o músculo orbicular, que controla o abrir e o fechar dos olhos. Como resultado de todo esse esforço,  fechamos os olhos.


Os porquês do nosso corpo

Por que perdemos os dentes de leite?
Desde o nascimento, as raízes dos dentes de leite e dos dentes definitivos estão dentro das gengivas. Os dentes de leite nascem entre os 6 meses e os 2 anos de idade. Perto dos 6 anos, as raízes dos dentes definitivos se desenvolvem e os dentes de leite caem para dar lugar a eles.

Até que idade crescemos?
O crescimento dos ossos começa com o nascimento e vai até mais ou menos 20 anos. Porém, o esqueleto não é o único a se modificar. Na adolescência, todo o corpo muda: é a puberdade. Quando ficamos adultos, o corpo não cresce mais.

Como ficamos velhos?
Envelhecemos durante toda a vida! Mesmo que você não seja velho, tem mais idade que um recém-nascido. Não se pode dizer que a velhice começa em um momento preciso. A partir de certa idade, o corpo não pode mais gerar filhos e, aos poucos, vamos ficando mais frágeis.

Por que nossos dentes não têm a mesma forma?
Os dentes da frente servem para partir os alimentos. Eles são chatos e cortantes. Os caninos desfiam a carne. Eles são muito pontudos. Os molares são grandes e largos, servem para triturar a comida.

Para que serve a saliva?
A saliva é importante para matar os micróbios e deixar a boca úmida. Quando comemos, a saliva molha os alimentos e assim começa a digestão. Isso facilita muito o trabalho de todo o sistema digestório!

Por que nosso coração bate mais forte quando temos medo?
O coração bate o tempo todo, mas percebemos melhor quando ele bate mais rápido ou mais forte. Quando estamos com medo, todo o corpo se prepara para que possamos fugir a toda a velocidade. É por isso que o coração começa a bater bem rápido.

Porque ficamos bronzeados quando tomamos sol?
A pele é muito sensível a certos raios do sol, os ultravioletas. Para se proteger, ela fabrica uma substância escura, a melanina. Quando ficamos expostos ao sol, essa substância é fabricada em maior quantidade e ficamos bronzeados. Mas não podemos nos esquecer do protetor solar.

O que é um ser humano?
Homens, mulheres e crianças da Terra são seres humanos. Somos todos mamíferos como os animais que amamentam os seus filhotes. Mas, por termos o cérebro mais desenvolvido que todos os outros animais somos os únicos que sabem falar, sorrir e raciocinar.

Do que somos feitos?
Nosso corpo é formado por milhares de células. As células são muito pequenas; só podemos vê-las ao microscópio. Cada parte do corpo (os ossos, o sangue, a pele, o cérebro...) tem suas células; quase todas se renovam sem parar.

Por que as pessoas morrem?
Na velhice, os órgãos já não funcionam tão bem. O corpo se cansa e tem mais dificuldade para se defender das doenças. No final da vida, o coração deixa de bater, o cérebro e os demais órgãos deixam de funcionar.

Os porquês dos animais

Porque os gatos ronronam?
Os gatos ronronam quando se sentem bem e quando fazemos carinho neles. É um sinal de prazer. São duas cordas vocais situadas no fundo da garganta que vibram, emitindo esse som característico.

É verdade que os gatos enxergam à noite?
No escuro, os gatos enxergam muito melhor que nós. Sua pupila pode se dilatar bastante e perceber o menor traço de luz. Mas no escuro total, eles também não enxergam nada!

Por que as formigas se deslocam em fila indiana?
É para não se perder! Andando, a formigas colocam no seu caminho uma substância cheirosa que todas as formigas de uma mesma família reconhecem. Basta seguir esse caminho cheiroso para voltar para casa!

Porque as abelhas fabricam mel?
Para alimentar as outras abelhas e as larvas que vivem nas colméias. As colméias são enormes usinas de mel. Para os apicultores, basta colher essa iguaria tomando cuidado com as picadas!

Porque devemos espantar as moscas?
As moscas costumam pousar em lugares sujos que são ninhos de micróbios, como o lixo, os excrementos... Pousando depois em nós ou nos alimentos, elas podem trazer sujeiras ou transmitir doenças.

Porque as baratas são tão desagradáveis?
Quando as baratas se instalam em uma casa elas invadem tudo. Elas se escondem nos cantinhos escuros, multiplicando-se a toda velocidade. São invasoras que precisamos expulsar.

Porque o louva-a-deus tem esse nome?
É por causa da posição de suas patas dianteiras: quando elas estão unidas, as pessoas dizem que ele está rezando. Mas não é nada disso! Elas estão sempre prontas para dar o bote e agarrar uma presa...

As centopéias têm mesmo cem patas?
As centopéias chegam a ter centenas de patas. São os animais que têm mais patas!

Um cavalo sofre quando as ferraduras são colocadas?
Os cascos dos cavalos são de queratina, uma proteína bem dura, de que também são feitos os chifres dos bois e as nossas unhas. Por isso, o cavalo não sofre quando as ferraduras são colocadas, pelo menos não mais do que quando cortamos as unhas!

Porque o galo canta tão cedo?
Cocoricó! Desde o nascer do sol, o galo canta para mostrar aos outros que ele está lá e que é o chefe da casa!

As zebras têm listras iguais?
Não, cada animal tem as suas próprias listras: elas são diferentes de uma para outra e servem para que as zebras se reconheçam. Cada espécie de zebra tem um tipo de listra também: finas ou largas, mais escuras ou mais claras...

Os morcegos são aves?
Não, eles são mamíferos; os únicos capazes de voar como as aves. Suas asas não têm plumas: elas são de pele e se ligam ao corpo na extremidade dos dedos bem longos.

Como o dromedário consegue viver no deserto?
O dromedário pode ficar 15 dias sem beber nem comer! Ele suporta muito bem o calor, pode fechar as narinas em caso de tempestade de areia, seu corpo é capaz de estocar uma grande quantidade de água, sua corcunda contém uma reserva de gordura que lhe dá energia e, para terminar, ele pode andar muito tempo na areia sem cansar.

Porque as baleias expelem grandes jatos de água?
As baleias podem mergulhar quase meia hora prendendo a respiração, mas elas são obrigadas a subir para respirar. É o ar que a baleia assopra ao voltar à superfície, misturando com a água, que faz esse jato impressionante.

Qual peixe nada mais rápido?
Alguns peixes nadam com bastante velocidade, como o atum e o espadarte. Mas o mais rápido é o agulhão-bandeira, um peixe de 3 metros de comprimento com uma nadadeira em forma de vela de barco, o que faz com que ele seja conhecido também como agulhão-vela. Ele salta para fora da água a 100 kilômetros por hora!

Todos os tubarões são perigosos?
Existem mais de 350 espécies de tubarão. Algumas são ferozes, mas a maioria é inofensiva. O tubarão-anão mede 20 centímetros. O tubarão-baleia, o maior peixe do mundo, mede 15 metros, mas não é perigoso. Os mais temíveis são o tubarão-branco, o tubarão-tigre, que come tudo que encontra, o tubarão-azul, tubarão martelo...

Os papagaios falam de verdade?
Não, eles apenas são capazes de imitar algumas palavras ou frases. O papagaio-verdadeiro é verde, tem o topo da cabeça amarelo e a cauda vermelha, e imita muito bem a voz humana. Até assobia com afinação!

Qual é a menor ave do mundo?
É o beija-flor, também chamado de colibri. Ele se alimenta do néctar das flores e põe dois ovos do tamanho de pequenas ervilhas! O beija-flor bate as asas a toda velocidade e é capaz de fazer vôos rasantes atingindo mais de 50 quilômetros por hora.